Lutamos para nos libertar dos ressentimentos, mas eles são como ervas daninhas cujas raízes sã
o muito fortes. Quando permitimos, os ressentimentos apagam todos os outros sentimentos que possamos ter. Destroem nossa serenidade, arruínam nossas relações, nos tornamos pessoas amargas e isoladas.
Os ressentimentos começam com uma mágoa, até um ressentimento firme, e chegam ao ódio e à sede de vingança.
O que usamos para alimentar nossos ressentimentos:
- Coisas que fizemos contra nós que consideramos egoístas e com falta de consideração.
- Coisas amáveis que as pessoas poderiam ter feito por nós e que não fizeram.
- Coisas que as pessoas não fizeram o suficiente por nós.
Como os ressentimentos nos afetam:
- Não conseguimos tirá-los de nossa mente.
- Ficamos tão concentrados na pessoa que ressentimos que não conseguimos fazer coisas mais agradáveis.
- Sentimo-nos magoados e frustrados a maior parte do tempo.
- Sentimos pena de nós mesmos, pelo muito que sofremos.
- Nos irritamos com as outras pessoas e nossas relações com elas são afetadas.
- Apresentamos sintomas das emoções desagradáveis que não expressamos, como: dor de cabeça, dor de estomago, músculos doloridos, etc.
- Achamos que todas as pessoas são más, sem consideração por nós.
O problema maior com os ressentimentos é que eles gastam uma quantidade enorme de energia. Podemos ficar amarrados neles e quando isso acontece nosso crescimento emocional e espiritual é detido.
Quando perdoamos, nos livramos dos ressentimentos. Perdoar exige tempo, paciência e muita responsabilidade. Precisamos talvez primeiro perdoar a nós mesmos antes de perdoar aos outros. Nossa meta ao perdoar consiste em curar as velhas feridas para pôr fim aos ressentimentos e ir em frente em nossas vidas.
Sugestões para ajudar a perdoar
- 1. faça uma lista de todas as pessoas que precisa perdoar, inclua-se nesta lista. Por que você precisa perdoar essas pessoas?
- 2. Que danos os ressentimentos estão causando? Quais as conseqüências?
- 3. Escreva os pensamentos negativos que você têm a respeito dessas pessoas.
- 4. Escreva as formas como você age com essas pessoas: como as evita, contando piadas ou fazendo comentários sarcásticos sobre elas, como as ataca, etc.
- 5. Assuma o compromisso de parar com esses pensamentos e ações, o que for possível. Começar com uma ou duas pessoas da lista.
- 6. Faça uma outra lista. Escreva três qualidades de cada uma dessas pessoas. Relaxe, respire profundamente. Comece a pensar em cada uma dessas pessoas como um ser humano único. Mantenha um enfoque positivo.
- 7. Muitas pessoas podem começar a perdoar as outras orando por elas. Outra forma consiste em ter pensamentos positivos sobre elas.
- 8. Escreva três coisas positivas que pode fazer com ou por elas. Procurar colocar isso em prática (perdoar é um processo gradual).
- 9. Lembrar das frases: "Terei paciência comigo". "Sem condições", não esperarei nem exigirei nada das pessoas a quem perdoar, inclusive que me perdoem. "Perdoar é bom para mim, não para os outros".
- 10. Para poder se perdoar, procurar toda ajuda possível, dos amigos, terapeutas ou guias espirituais.
Como evitar a formação de novos ressentimentos:
- 1. Lidar com o problema real, sem aumentá-lo. Manter-se realista.
- 2. Manter-se ativo. Os ressentimentos se formam quando se está inativo. A pessoa começa a de sentir impotente e sem esperança. Não permita se sentir ou agir como uma vítima, cheia de autopiedade.
- 3. Manter-se no dia de hoje. Não voltar às velhas feridas.
- 4. Manter o foco no assunto. Não se esquecer que são certos comportamentos da pessoa que o desagradam e não a pessoa em si.
- 5. Procurar ajuda, quando necessária. Não deixar que a mágoa se transforme em ressentimento e ódio.
- 6. Não permitir que sua serenidade dependa de outra pessoa. Você é responsável por ela.
Vivência n° 77 – Maio/Junho 2002...esse negócio de ressentimento é infinitamente grave, porque quando estamos abrigando esses sentimentos, nos afastamos da luz do espírito. (Na Opinião do Bill, pág 5)
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