CURTIR

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dê sua opinião! Eis aí uma colaboração de um Compº.



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Uma parte deste texto, (que parece ser um diálogo), se perdeu. Gostaríamos de reescrever este texto com sua opinião!

Sua participação é muito importante!

Eis aí uma colaboração de um Compº…

Caros Companheiros:

Gostei da experiência. Sentí-me dentro da historinha.
O resultado obtido já não mais me pertence.
Se poderá ajudar, vocês estão livres para dar-lhe o melhor destino.

Abraços fraternais,



RESPOSTA:

O diálogo, pelo telefone, de duas pessoas, amigas, que estão em lados diferentes, ocasionou uma longa conversa na qual um dos interlocutores, demonstrando sentir-se desesperado com a sua situação, desesperançado, desiludido com a vida, relatou não saber como se libertar de seu grande problema – o alcoolismo.

Em determinado ponto da conversa ele desabafa: "Não consigo mais viver sem o álcool"!

Foi quando o outro, que já passara por aquele mesmo problema e agora estava experimentando uma nova maneira de viver sem a necessidade do álcool disse:

- Pode, pode sim!

E a conversa prosseguiu. O outro obtemperou, de pronto.

- Engana-se, meu amigo. Já não mais encontro sentido pra minha vida. Não consigo me livrar das amarras que me aprisionam a esse terrível "vício". Já perdi tudo que era possível perder. Só me resta a vida. E por ela já não encontro forças para lutar.

(Aqui ele vai falar de A.A., sugerir.)


- Você conhece?

- Não; não conheço nada!

- Já ouviu falar?

- Algumas vezes ouvi falarem num tal de Alcoólicos Anônimos, que dizem fazer milagres. Eu, simplesmente, não acredito e nem confio em mais nada.

- Hum, já disseram pra você!

- Sim. Já me disseram e até me deram um folheto sobre esse tal de A.A. Comecei a ler umas perguntas que eles fazem, mas aborreci-me e joguei-o na lata de lixo.

- Verdade, alguns zombam!

- No meu caso, não considero zombaria. O que não consigo é acreditar em qualquer coisa que possa me ajudar. Eu já não tenho mais interesse pela vida.

- Vira até gozação!

- Sim; muitos são os que fazem gozação quando ouvem falar sobre esse assunto e sobre essa instituição. Fazem gozação, também, com aqueles que tentam se libertarem das garras desse inimigo, buscando ajuda nesta instituição. Classificam-nos de fracos e de se deixarem dominar por outras pessoas.

- Mas é sério...

- Sim. É sério. Embora possamos admitir para nós mesmos o nosso sofrimento, uma espécie de orgulho nos impede de aceitar qualquer tipo de fraqueza. Eu, já me sinto dominado e não tenho vontade de reagir.

- Vai acontecendo.

- Vai, sim. Comecei bebendo pequenas doses de bebidas mais fracas e respeitando grandes intervalos. Com o passar do tempo fui procurando bebidas mais fortes e os intervalos foram diminuindo.

- Nem se percebe.

- Como disse acima, o processo se desenvolveu sem que eu pudesse controlar. Aos poucos fui sendo dominado, ficando cada vez mais dependente dos efeitos da bebida.

- E o sinal é muito claro!

- Pode ser que haja algum sinal, mas não para mim. Provavelmente as outras pessoas possam ter percebido.

- Também é...

- Sim. E, devo admitir ser tão gostoso o prazer que os efeitos da bebida exercem em mim, que não sei mais viver sem esses efeitos. Mas, só Deus sabe o quanto eu gostaria de viver sem o sofrimento que a bebida me proporciona depois. Ah, como sofro com as ressacas!

- Poxa que bom que você pensa assim!

- De fato, eu gostaria muito de viver de maneira diferente, longe desse maldito vício, mas não encontro força suficiente para lutar. Deixar de sofrer e fazer sofrer os meus familiares. Você me diz que posso alimentar esperança. Quem sabe eu possa tentar? Afinal, posso perceber o quanto está lhe fazendo bem.

- É o que chamamos de reflexiva.

- Você me diz que eu sou um doente? E que a minha doença está se refletindo nas pessoas que mais me amam? Afinal, que doença é essa?

- Demais.

- Isso é demais para o meu entendimento...

- A tendência é essa!

- Hum! Será que entendi? A minha doença é física, mental e espiritual e se reflete nas pessoas que me rodeiam? Como posso me curar para não fazer tanto mal aos outros?

- Eu precisei.

- Você também teve essa doença? Conseguiu se curar, sem tomar remédios? Apenas indo às reuniões de A.A.? E logo você que tanto falava mal do tal A.A.

- Hoje eu respeito!

Ao mesmo tempo você me diz que enfrentou muita dificuldade, no começo, mas precisou admitir uma certa impotência perante o álcool e que depois disso as coisas foram acontecendo?

- Sem dúvida nenhuma.

- E isso funciona mesmo?

- Claro que funciona!

- Não vou duvidar. Mas mesmo assim acho que isso não seja pra mim.

- Eu sou um junto com eles.

- Então, vocês buscam forças uns nos outros para se esquentarem sem usarem o álcool?

- Não, não esquenta não!

- O álcool me aquece e me faz dormir...

- Muito fácil...

- Você tenta me convencer a todo custo. E eu lhe pergunto: como é possível algo tão difícil ficar muito fácil?

- É maravilhoso...

- Como já disse anteriormente, embora eu queira não encontro razão para continuar lutando. Pode até ser maravilhoso, mas...

- É mais que isso.

- É mesmo?

- Eu diria... um milagre!

- Há muitas pessoas, assim como você, que experimentaram o milagre? Gostaria de ir até lá, só pra ver!

- Vamos sim.

- Podemos? Hoje? Hoje tem reunião?

- Hoje, hoje tem.

- Você pode me levar? Posso te esperar a qual hora?

- Legal às 18h30 eu passo aí.

- Então vou lhe aguardar.

- Tá bom, até de noite.

 

José Roberto S. – Barcelona–Serra/ES

10/abr/2012


ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
GRUPO ARAÇÁS
Rua Caracas, 103 - Araçás - Vila Velha - ES - CEP: 29103-540
Reuniões: Segunda, terça, quarta e sexta 19:30h.
(Próximo ao Maderauto Material de Construção)


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