Acredito que as tradições servem tanto para manter unidos os grupos que compõem a Irmandade de A.A., mas também servem para que cada membro as aplique em seu dia-a-dia.
Por exemplo, a Primeira Tradição nos fala de bem estar comum e de unidade. Sua mensagem significa que se vivo em unidade, harmonia e serenidade em meu trabalho e com minha família, minha vida terá características parecidas.
Tendo em conta que um Poder Superior está por cima de tudo (Segunda Tradição), se ajo de acordo com os preceitos divinos, nada de mal pode me acontecer.
Posso também colaborar com os outros e ajudá-los em qualquer circunstância, sem juízos nem discriminações (Terceira Tradição), deixando de lado o medo e dando o melhor de mim.
Comprometido com meu trabalho, conservo minha individualidade sem que isso afete aos que me cercam. (Quarta Tradição).
Quando me proponho uma meta, busco-a com perseverança, sem escutar qualquer "canto de sereia" que poderia me desviar de meu objetivo primordial (Quinta Tradição).
Sempre tenho presente que quando uma situação envolve propriedade, dinheiro e prestígio (Sexta Tradição), devo andar com ´"pés de chumbo", porque sou extremamente "sensível" a essas coisas. Tento ser economicamente autossuficiente sem pedir ajuda a ninguém, praticando a moderação em meus gastos e equilibrando meu orçamento (Sétima Tradição). Esse hábito da economia está inspirado na sugestão de uma "reserva prudente".
Não sei tudo, por isso recorro aos que sabem mais do que eu, aos profissionais especialistas (Oitava Tradição). Não preciso fazer tudo sozinho; a ajuda e os conselhos daqueles que estão acostumados a um tema podem me aproximar mais de um objetivo.
Delegar e compartilhar são habilidades que eu desconhecia e que adquirí na medida em que fui aceitando as pessoas, os lugares e as coisas (Nona Tradição).
Viver e deixar viver, essa máxima me afastou da controvérsia e me ensinou que às vezes é melhor ficar calado no momento oportuno do que ganhar uma discussão infrutífera (Décima Tradição).
Quando tenho uma ideia e quero compartilhá-la, trato de atrair aos que podem se interessar por ela e não de promovê-la como fazia nos bares (Décima Primeira Tradição).
Não importa o tamanho da obra que se esteja realizando; o que devo fazer é guardá-la para mim, manter-me anônimo (Décima Segunda Tradição) e isso é um grande sacrifício, me custa muito. Mas é necessário tentar e eu continuo tentando.
(Grapevine, julho/agosto 2000) Colaboração: Wagner T.
Nenhum comentário:
Postar um comentário