Alguém descobriu como pode ser gostoso praticar a Sétima Tradição.
Quando cheguei em A.A., há alguns anos, eu tinha uma imagem negativa da Irmandade e achava que já sabia tudo em relação ao álcool. Cheguei até pensando que eu vinha para ajudar pessoas infelizes, que tinham destruído suas vidas por não saberem beber e porque alguém, tirando proveito da situação, se beneficiava às suas custas!
Logo eu quis saber quem é que ficava com o dinheiro, que certamente vinha do governo, da prefeitura, da comunidade e de doações em geral. Para minha surpresa, me explicaram que o grupo sobrevivia daquela mirrada sacolinha azul e que não aceitava doações de fora. Quando, um dia, cheguei a servir como tesoureiro do Grupo, senti como é gostoso viver as nossas próprias custas.
Há algum tempo, ajudei um companheiro mais antigo e com muita experiência em A.A., a formar um grupo numa cidade vizinha. O segundo companheiro a ingressar naquele grupo, buscando ajuda, tinha o mesmo pensamento que eu tive quando cheguei. Após algumas semanas, explicamos a ele que ali ainda não corria dinheiro, pois nem a sacola nós passávamos. Foi quando meu experiente companheiro propôs ao novato que, se ele concordasse em servir como tesoureiro do grupo recém-formado, nós começaríamos a praticar a Sétima Tradição. Ele aceitou.
Atualmente, o grupo tem em média dez companheiros por reunião e o ex-(ótimo) tesoureiro vai completar três anos de A.A.
(Floriano, Atibaia/SP) Revista Vivência n° 73 – set/out 2001 Colaboração, Grupo Carmo Sion de AA
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