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quarta-feira, 11 de julho de 2012

DINHEIRO E RESPONSABILIDADE EM ALCOÓLICOS ANÔNIMOS


O princípio de A.A. de que "não há taxas nem mensalidades obrigatórias", não pode ser interpretado como não existindo responsabilidades individuais ou deveres dos Grupos no que se refere à manutenção dos serviços da nossa comunidade. Temos que nos conscientizar que há despesas legítimas que precisam ser atendidas e que pertencem a A.A. como um todo. São SERVIÇOS VITAIS, sem os quais jamais poderíamos levar sua mensagem. Não acumular riqueza; manter a Obra simples e espiritual não significa que devemos mante-la sem recursos e numa pobreza total.

Sabemos que o acúmulo de dinheiro e de riquezas têm arruinado muitos homens, famílias, organizações e até muitas nações. Mas, sabemos também, que no limite adequado, e quando bem utilizado o dinheiro pode servir a grandes causas. Não precisamos de muito dinheiro; de grandes somas, porém, o mínimo indispensável é imprescindível ao nosso crescimento. Afinal, devemos ou não ser autossuficientes? Sejamos generosos diante de uma missão tão nobre.

Se não devemos aceitar "quaisquer doações de fora", fica claro que elas terão que vir (de dentro) da própria Comunidade. As contribuições são totalmente voluntárias; espontâneas, o que não quer dizer que ficamos desobrigados de contribuir de alguma maneira para a continuidade do Terceiro Legado, ou que "meia dúzia de tostões" serão suficientes. Caminhar com os próprios pés não é "tropeçar nas próprias pernas". Decidamo-nos, pois isso é apenas, o começo do nosso TERCEIRO LEGADO, já que temos a menor organização de serviço possível.

Não se pode contornar essa situação, que se perpetua, com medidas paliativas; corre-se o risco de nos defrontarmos com outra fase crítica que quase nos leva para o "buraco", Um novo confronto aos moldes do anterior não será nada cômodo para a COMUNIDADE DE A.A. como um todo.

Mesmo sabendo que as nossas contribuições financeiras não são de maneira alguma, uma condição para pertencermos à Comunidade de A. A., devemos nos sentir felizes em colaborar para que o "LEGADO, DE SERVIÇO", que tanto louvamos, se torne REAL, ou seja, possível de ser executado. E sejamos, em verdade, AUTOSSUFICIENTES, como nos sugere a nossa SÉTIMA TRADIÇÃO.

Por Nelson Faria – Colaboração, Grupo Carmo Sion de AA

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