"Coloquei-me sob SUA proteção sem reservas"
"Deus propõe e o homem dispõe".
William Griffith Wilson, certa vez, andava às apalpadelas na escuridão até que Deus o tocou e ele, por sua vez, tocou a outros. Ele descreveu a sua experiência, dizendo: "De repente o quarto se iluminou de uma enorme luz branca. Fui envolvido por um êxtase que não há palavras que possam descrevê-lo. Parecia, na visão de minha mente, que eu estava numa montanha e que um vento, não de ar, mas de espírito, estava soprando".
Apesar de a Igreja jamais ter aplicado oficialmente o nome de "profeta" a alguém que não estivesse assim titulado nas "Escrituras", não há dúvidas de que Deus falou ao Seu povo através de vozes como São Francisco de Assis, São Vicente Ferrer e, nos tempos recentes, através de Bill.
Bill prezou muito o que recebeu e acreditou que era bom para os outros, dizendo: "Humildemente ofereci-me a Deus, como o concebia, para que ELE fizesse de mim como ELE queria". Bill disse: "Coloquei-me sob SUA proteção sem reservas. Admiti pela primeira vez que dependendo de mim eu nada era; que sem ELE eu estava perdido. Enfrentei sem medo os meus pecados e preparei-me para que meus novos amigos os arrancassem, raízes e galhos. Nãobe bi mais desde então".
Veio a acreditar que, conforme suas necessidades, esta seria a sua força; que quanto mais a vontade de desistir lutasse consigo, mais o seu Deus lhe daria a força necessária para vencê-la. Em sua vida, Bill mostrou a todos nós que jamais deveríamos exigir tanto de Deus além do que ELE sempre nos tem dado. É ELE que nos quer dar e nós que recusamos receber. É Deus que está rezando pelos homens cujas orações não são ouvidas por eles. Jamais podemos pedir-LHE algo sem perceber que ELE já não nos tenha oferecido. A verdade de Bill é isto: Deus propõe e o homem dispõe".
Foi preciso que um corretor de Wall Street viesse nos lembrar que Deus é nosso Pai, aquele que respeita a nossa liberdade, que não nos obriga em nenhuma circunstância a aceitar Suas dádivas; que a oração é um inventário, um levantamento de tudo o que Deus tem feito por nós; que a palavra de Deus nos faz pobres por revelar quão ricos somos de fato; que nenhuma atividade pode ser frutífera se não for concebida numa retração da vontade pessoal e numa atitude de atenção e aceitação da vontade de Deus. Através de sua visão, ele nos ensinou que devemos aceitar um Poder Superiora nós mesmos, pelas demandas que Ele faz de nós.
Quando Bill Wilson foi chamado para trabalhar no vinhedo que Deus lhe destinou, ele tinha que começar por experimentar a realidade de que ele não era nada. Deus o reduziu a nada. Antes de encontrar-se consigo mesmo, ele tentara subir a um pedestal, mas Deus mostrou-lhe que Ele gosta de procurar SEUS amigos na sarjeta. Por tê-los tirado da sarjeta, Deus assegurou-se de que a pessoa que Ele escolheu jamais reivindicaria algum mérito para si, o que Bill jamais fez.
Apesar do fato de que os "Doze Passos" de A.A. são uma escalada íngreme e difícil, o alcoólico tem a segurança de que existem dois corrimões para ajudá-lo: Deus e a Irmandade de A.A.
Há um poder de comunhão que transforma, amadurece e instrui o alcoólico que sofre.
Uma das vozes do passado, São Francisco de Assis, orou:
"Deus, faze de mim um instrumento de Tua paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver
desespero, que eu leve a esperança; onde houver erros, que eu leve a verdade; onde houver dúvidas, que eu leve a fé; onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver trevas, que eu leve a luz; onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Ó Divino Mestre, conceda-me que eu possa ser menos consolado do que consolar; compreendido do que compreender; amado do que amar; porquanto, é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado; é morrendo que se vive para a vida eterna."
Obrigado, Bill Wilson, por nos lembrar de tudo isto!
Artigo escrito por Peter Geiger, no "Akron Beacon Journal",
sábado, 13 de março de 1971.
"O alcoólico tem a segurança de que existem dois corrimões para ajudá-lo: Deus e a Irmandade de A.A."
Vivência n° 98 Nov./Dez. 2005 "O impossível é questão de tempo." Tradução: Aluízio R
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